quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Treasure Chest


Entre os tesouros, excessos, restos e infinitas águas
Que compõem o perfeito cenário do meu secreto e próprio oceano...
Cujos segredos se escondem entre as pedras e os corais mais profundos,
Cujos peixes, raias e polvos das espécies mais esquisitas não precisam se camuflar
E cujo oxigênio não é necessário.
Ao nadar e mergulhar através da imensidão azul
É possível avistar uma variação múltipla de baús com as jóias mais preciosas para mim.
É possível avistar várias imagens congeladas,
E algumas delas estiveram se afundando ali por tanto tempo
Que através dos anos foram ficando cada vez mais apagadas
E quase impossíveis de se entender.
Outras imagens eram nítidas demais,
Provas de afeto compunham a beleza de cada uma delas.
Mas as vezes as tempestades vinham, com naufrágios e lágrimas
Transbordando então o meu oceano, arrastando toda aquela maravilha
E só deixando os estilhaços de beleza.
Me afogava, sem poder ir do norte ao leste,
Estava perdida.
Mas juro que em meio a tantas coisas
Era possível ter o meu porto seguro,
No baú mais cintilante, bem pertinho da superfície,
Eu guardava você.

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