sábado, 24 de janeiro de 2015

Devaneios de um amigo querido.

Encostado na pia da cozinha com o violão nos braços. Nas pontas do dedo uma dissonante de lá e na voz ecoava nas paredes a palavra sonhar, baixinho e grave. 
Se desarmado do violão pegou sua xícara favorita, despejando dentro o café que acabara de preparar.
No alto do Rio de Janeiro, numa ladeira em baixo dos braços do Cristo se encontrava a casa, onde andava no corredor em penumbra, com a xícara na mão. Desviando para não pisar no outono de folhas rabiscadas que se deitavam no chão. Encostou o violão no canto do corredor, onde a luz ofuscava o olhar confuso.
Chegando no quarto, a mulher amada, exalava a brancura de sua pele, nua, deitada na cama, de bruços virou levemente o pescoço e afastando o cabelo com a ponta dos delicados dedos, deixando visível a face, deu um sorriso sincero e malicioso, repleto de amor.
Sorrindo de volta sem fazer força, o coração havia transbordando, sem saber oque falar, terminou a caminhada chegando a porta de vidro, que foi afastada com os pés.
Na sacada a observar a copa das árvores e o sol a se render ao mar, la em baixo daquela ladeira.
Um suspiro profundo profetizavam o cheiro de chuva daquele lugar. Levou a imaginação a uma calçada, o violão a dedilhar e depois um beijo, ardente em desejo, acabou o café.
Abrindo os olhos a mulher estava na sombra, desenhando todas as suas curvas, chegando pertinho, abraçou o rapaz por trás, que sentiu o corpo arrepiar, virando ela sorriu e se esticou para alcançar os lábios do rapaz. Um beijo longo e colado.
Encostando os seios no rapaz, estava na ponta dos pés, quando foi segurada firmemente pela cintura, enquanto a outra mão se perdia nos cachos daquela mulher. As bocas se redescobriam, e as mãos em tez branca escorregava em seu corpo, ele agarrou a sua bunda.
Os lábios da moça encostavam, agora, de leve o seu queixo e num movimento rápido chegava ao pescoço. Os dentes agarraram a pele do rapaz com força, deixando uma marca roxa que brilhava ao sol.
Os olhos se encontram, oceano de desejo e cheio de amor no ar, ele se aproxima do pé do ouvido e diz: como é bom te ter.
Forçando o corpo da mulher contra contra o seu, as mãos agarradas a cintura fina, ela se sentia segura ali, que era o melhor lugar. Levantou a moça e a jogou na cama. O vento fazia barulho lá fora, a escuridão reinava enquanto a chama queimava nos dois corpos a se amar, envolvidos numa flor de lótus.

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